HISTÓRIA DE SETE LAGOAS

A fundação de Sete Lagoas data do tempo da febre do ouro, quando Bandeirantes se internavam pelos sertões em sucessivos embates com as feras e com os índios. Por volta de 1667, chegaram às terras do município os primeiros europeus, componentes da Bandeira de Fernão Dias. Naquele tempo, receber do Rei o título de Barão, Marquês, Conde ou Duque era a maior honraria que se podia alcançar. Assim aconteceu com Fernão Dias Paes Leme: o Governador das Esmeraldas.

Em 1677, já com 60 anos, Fernão ainda quis descobrir esmeraldas para o Rei de Portugal. Saiu de São Paulo e cruzou as terras de Minas Gerais até o Grão Mogol. Ao meio da jornada, internou-se pelos arredores na expectativa de descobrir alguma novidade que lhe fosse útil e ao Rei de Portugal. Foi então que encontrou, em um serrote das Sete Lagoas, um minério argentífero de singular beleza. Presume-se que o serrote a que se referem vários historiadores seja a Lapa do Chumbo, da Fazenda das Melancias e que foi pesquisado por vários mineralogistas, inclusive pelo engenheiro Dr. Teófilo Benedito Otoni, nome estreitamente ligado aos acontecimentos que marcaram a vida desta comunidade nos primeiros lustros deste século.


Fazenda da Pontinha

Fernão Dias trouxera consigo, além dos outros parentes, dois filhos: Garcia Paes que era legítimo; e José Dias, seu filho natural e de criação. Este, cansado de suas reiteradas tentativas no sentido de dissuadir o pai a prosseguir a árdua jornada que tomara a peito, revoltou-se contra ele, chefiando uma rebelião. Descoberta a conspiração, Fernão Dias sentenciou que o chefe da rebeldia pagaria com a própria vida o seu audacioso gesto.

Sua palavra foi cumprida à risca: José Dias foi enforcado à vista dos seus companheiros de expedição sendo estes expulsos da bandeira que tentaram enxovalhar. Desnorteados, os sediciosos deixaram o acampamento e saíram à deriva vindo acampar às margens do Ribeirão Matadouro, na planície das Sete Lagoas. A várzea do João Corrêa viu surgir então as primeiras casas que marcaram o nascimento de uma grande cidade. Em abono dessa assertiva, o apego ao bairro da várzea dos Corrêa e Pereira da Cunha que, segundo a tradição, descendem dos nossos primeiros povoadores.

Em 1681, desbaratada a bandeira de D. Rodrigo de Castelo Branco, assassinado no município de Sabará. O local hoje denominado como "Fidalgo", integrado ao município de Pedro Leopoldo é parte dos componentes dessa expedição, constituída de sertanistas e índios, tomou rumo às Sete Lagoas, alojando-se no povoado que nascia. Tribos nômades e pacíficas percorriam toda a região e a sua assimilação com os novos moradores processou-se naturalmente. As uniões com as nativas tornaram-se comuns, formando novas famílias que proliferavam progressivamente e se mantinham dentro das normas do mais absoluto respeito.

Em 1700, João Leite da Silva Ortiz, um típico representante da raça do sertanista de São Paulo, filho de Estevão Raposo Bocarro e de sua mulher, D. Maria de Abreu Pedroso Leme, sobrinha de Fernão Dias Pais e tataraneto de Brás Cubas, veio para Minas. O que caracterizava os paulistas nos primórdios do século XVIII era a instabilidade. Não se demoravam em lugar algum. Sempre à procura de melhores faisqueiras, aventuravam-se à descoberta de novos sertões. Este é o caso típico de João Leite da Silva Ortiz. Em janeiro de 1711, obteve a Sesmaria do Cercado. No mesmo ano, 8 de fevereiro, obtinha a de Sete Lagoas. Esta última por um lapso qualquer, não ficou registrada nos livros da Secretaria do Governo. Lá ficou apenas o título, com a página em branco.


Capela Santo Antônio

Mas João Leite da Silva poucos anos permaneceu na posse do seu sítio das Sete Lagoas; dispôs dessa e da Sesmaria do Cercado, seguindo para São Paulo a fim de preparar expedição a Goiás. Em Minas, a Sesmaria das Sete Lagoas foi concedida a Antonio Pinto de Magalhães. Existe o documento da concessão da sesmaria, no qual Antonio Pinto de Magalhães afirma que a comprara de João Leite da Silva Ortiz, o qual ali se instalara no ano de setecentos.

O povoamento inicia-se a partir de 1820, quando foi construída a capela de Santo Antônio das Sete Lagoas, ainda existente. Pelo exposto acima, a Casa Grande, que a tradição nos aponta como primitiva sede da Fazenda das Sete Lagoas parece ter sido construída pelo Sr. José Inocêncio Pereira.

O FUNDADOR DE SETE LAGOAS

 

Em 1700, João Leite da Silva Ortiz, um típico representante da raça do sertanista de São Paulo, filho de Estevão Raposo Bocarro e de sua mulher, D. Maria de Abreu Pedroso Leme, sobrinha de Fernão Dias Pais e tataraneto de Brás Cubas, veio para Minas. O que caracterizava os paulistas nos primórdios do século XVIII era a instabilidade. Não se demoravam em lugar algum. Sempre à procura de melhores faisqueiras, aventuravam-se à descoberta de novos sertões. Este é o caso típico de João Leite da Silva Ortiz. Em janeiro de 1711, obteve a Sesmaria do Cercado. No mesmo ano, 8 de fevereiro, obtinha a de Sete Lagoas. Esta última por um lapso qualquer, não ficou registrada nos livros da Secretaria do Governo. Lá ficou apenas o título, com a página em branco.

Mas João Leite da Silva poucos anos permaneceu na posse do seu sítio das Sete Lagoas; dispôs dessa e da Sesmaria do Cercado, seguindo para São Paulo a fim de preparar expedição a Goiás, onde criou várias fazendas, seis das quais menciona em seu tratamento feito em Recife, a 3 de dezembro de 1736 (Francisco de Assis Carvalho Franco, Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil). Vendendo tudo que tinha em Minas, dando "por um o que valia dez", seguiu para São Paulo, com seu irmão, Capitão Bartolomeu Bueno da Silva, organizou um corpo de 500 homens e marchou para Goiás.

Em Minas, a Sesmaria das Sete Lagoas foi concedida a Antonio Pinto de Magalhães. Existe o documento da concessão da sesmaria, no qual Antonio Pinto de Magalhães afirma que a comprara de João Leite da Silva Ortiz, o qual ali se instalara no ano de setecentos.

Depois de Antonio Carvalho de Figueiredo, não conseguimos quais os que o sucederam na posse da Fazenda das Sete Lagoas, quando, afinal, nos aparece o Sargento-mor Antonio Francisco Sarzedas, em 1885, como vendedor do referido imóvel ao Sr. José Inocêncio Pereira.

Pelo exposto acima, a Casa Grande, que a tradição nos aponta como primitiva sede da Fazenda das Sete Lagoas, parece Ter sido construída pelo Sr. José Inocêncio Pereira.

Brasão D'Armas da Cidade de Sete Lagoas

A coroa mural em cima do escudo é símbolo de cidade caracterizada, nesta significação, pelas cinco torres, sendo o metal de prata.
      O esmalte vermelho do escudo representa o mérito, a intrepidez, a coragem, o ânimo valoroso, o espirito decidido, características estas, de natureza moral, que têm decidido através dos tempos, o homem das Sete Lagoas, lado a lado com o de outras terras e de outras nações.
      A corrente de preto simboliza a escravidão que se rompeu, num momento de cristã grandiosidade, e por isso é ela mostrada com o elo central rompido, que é para significar que Sete Lagoas é terra em que se ama a Liberdade. Lembra o episódio inesquecível da Escrava, que a bondade de um homem, reagindo contra a iniquidade do nefando comércio, desenvolveu à condição de criatura livre. A cor negra (Sable) significa sofrimento, mas sofrimento interrompido (o elo partido). A estrela de ouro sinistrada representa a Lagoa Paulino, assim destacada em razão de sua posição privilegiada em pleno centro da cidade, sempre erigida em memorial de Sete Lagoas, enquanto que as seis estrelas adestradas, também de ouro, são a visualização das outras seis lagoas: Chácara, Cercadinho, Caratina, José Félix, Matadouro e Boa Vista.
      O ramo do algodoeiro e as duas canas arrancadas, ambos de verde (Sinopla) recordam a origem primeira da economia de Sete Lagoas, estreada precisamente na cultura desses dois vegetais. O verde, na simbologia Heráldica, diz da esperança, da abundância e da fertilidade, enquanto que o branco do algodão em flor é bem o símbolo da paz e da fé, anseio e característica expressiva da gente setelagoana.
      A faixa inferior, de branco, contém o dístico que marca os instantes das lutas, das pelejas, sempre buscando alcançar os planos mais altos do progresso material e principalmente, as conquistas superiores da espiritualidade e que tão bem se concretizam nas mostras de respeito à ordem, à lei, aos ditames da religião da parte de cada cidadão de Sete Lagoas, Ad. Altiora Nata, ou seja, em vernáculo, "nascida pra o mais alto".
      O metal ouro das estrelas representam a riqueza, o amor, a honra.
      O metal prata da coroa mural, simboliza a inocência, a candura, a lisura e a honestidade.

 

HINO DA CIDADE

 

Sete Lagoas Centenária

Composição Poética e musical
Lyra Fernando Henrique

Refrão


Sete Lagoas,
Cidade de belezas mil!
Sete Lagoas,
Culta, sonhadora e gentil!
Terra bendita,
De progresso e tradição!
Sete Lagoas Centenária,
És dona do meu coração!

Em tua serra
Está a cruz do Redentor!
E Santa Helena
Te protege com amor!
Sete Lagoas,
De poema e canção!
Terra dos lagos encantados

Tu és o sorriso do sertão!

Fonte: Prefeitura Municipal - Câmara de Vereadores

 
 
 
 

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